Provavelmente, seu animal tem – ou já teve – algum tipo de infecção na orelha, que é super comum. E a maioria das pessoas acabam esquecendo deste órgão importante e não tomam os cuidados necessários, causando problemas muito mais graves como, por exemplo, tumores.

Todas as raças de cães e gatos correm o risco de ter algum problema nas orelhas. Mas, algumas raças de cães, como cocker spaniel, labradores, golden retriver, basset hound, beagle, entre outras são mais propensas, por terem as orelhas maiores.

O canal auditivo dos cães e dos gatos têm um formato de “L”, e dentro há uma grande produção de cera e pêlos que, se não forem limpos periodicamente, causam os mais diferentes tipos de otite, a principal doença de ouvidos nos animais.

Esta doença muda de acordo com a sua causa, por mais que alguns sintomas sejam os mesmo para todos os três tipos, como explica a veterinária do Au Pet Store, em São Paulo, Bruna Masivieiro. “Os cães e gatos podem manifestar otites fúngicas, bacterianas ou otocariase. A terceira é causada por ácaros”, diz.

Quando a infecção aparece

Existem alguns sintomas típicos para você diagnosticar uma otite. Cada tipo tem suas características, porém, existem algumas coisas que você pode perceber facilmente, como explica a veterinária do Centro Veterinário Pacaembu, Adriane Tomimassu:

Otite fúngicao bicho tem muita coceira, sacode a cabeça e tem falta de pêlo do lado de fora ou de dentro do pavilhão auricular (aquela parte de dentro da orelha que fica aparente e é rosinha)

Otite bacteriana: os mesmos sintomas da otite fúngica, porém, este é o único tipo que drena pus.

Otite otocariaseeste tipo é causado por ácaros que ficam nas orelhas dos animais (e atingem mais cães filhotes e gatos). Os sintomas são: muita coceira, sacudir a cabeça e falta de pêlo do lado de fora ou de dentro do pavilhão auricular. E, diferentemente dos outros tipos, esta cria feridas do lado de fora da orelha.

Como tratar

Não fique desesperada porque essa doença tem tratamento, e não é nada de outro mundo. O problema é se você não cuidar e deixar ela evoluir para algo maior.

“Para cuidar do seu bicho, leve-o a um veterinário. O tratamento vai depender de qual microorganismo esta causando a otite (fungo, bactéria ou ácaro). Na maioria das vezes, o tratamento é tópico, com higienização e aplicação de pomadas. Em alguns casos crônicos de otite o veterinário pode recomendar algum medicamento de uso oral, como antibióticos e antifúngicos”, diz Masivieiro.

O seu veterinário irá indicar alguns exames para diagnosticar qual é o tipo de otite que ele possui. Em geral, são três exames: otoscopia, microscopia e citologia do ouvido.

Cuidados básicos

  1. Não deixe seu animal com a cabeça para fora do carro, tanto por uma questão de segurança quanto pela própria saúde: a combinação de vento com umidade só aumenta o risco do bicho ficar com otite!
  2. Acredite: a alimentação também influência na formação de alergias nas orelhinhas, que podem também causar otite. Evite dar comidas caseiras.
  3. Após o banho, seque bem as orelhas para evitar umidade lá dentro.
  4. Os produtos ceromidolíticos fazem a limpeza do conduto e dissolvem a cera, impedindo que causem infecção. Esses remédios têm uma ponta longa e fina, para chegar no final canal auditivo. Depois de aplicá-lo, faça uma massagem nas orelhinhas do animal.
  5. Existem alguns algodões auditivos – diferentes dos brancos que estamos acostumados a usar – que impedem que a água entre no ouvido. Quando o seu bicho for tomar banho em um pet shop, confira e exija que este produto seja utilizado.
  6. Nunca utilize água ou álcool para a limpeza.
  7. A higienizarão deve ser feita uma vez por semana.
  8. Leve sempre seu bichinho ao veterinário para fazer um check-up. Assim, você evita doenças mais graves e sempre o mantêm saudável.

Fonte: Portal iTodas, por Raquel Moraes

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