O que é a medicina veterinária preventiva?

A  medicina veterinária preventiva  é uma especialidade dentro da medicina veterinária que não se ocupa de tratar as doenças.

Normalmente as pessoas trazem os animais à consulta veterinária, quando estes se encontram doentes. Para muitas doenças, o tratamento é simples e a doença não é grave. Noutros casos, a doença é grave ou o tratamento é difícil, caro ou com risco de morte. Além disso, é possível que a doença seja contagiosa, pondo em risco a outros animais e as pessoas que convivem com eles.

Por todas essas razões (gravidade da doença, custo da mesma e a possibilidade de contágio) a medicina preventiva é um pilar chave para manter a saúde dos animais e das pessoas que convivem com eles.
Para nós médicos veterinários, a saúde e bem-estar do seu parceiro peludo não se resume apenas à vacinação anual – que por sinal deve ser realizada durante toda a vida – mas também à necessidade de checkups periódicos, que passam a ser anuais a
partir dos 6 -7 anos de vida, nos quais a maioria dos animais atinge a chamada terceira-idade.

Ao nos depararmos com alguma enfermidade na consulta clínica, uma informação importante é “desde quando o quadro começou”, o que vai além de saber simplesmente sobre os sintomas já existentes. Outra questão importante na medicina veterinária preventiva é saber se algumas alterações que encontramos nos exames de sangue, justificam o quadro atual. Assim, fica mais simples de concluir se tivermos como referência exames anteriores, e de preferência quando o animal estava
completamente saudável. Esse exame será a nossa referência e, qualquer valor diferente será interpretado como algo anormal.

Essa idéia de referência individual para cada animal é muito importante, pois os exames, de forma geral, levam em consideração a média da população, e os nossos animais às vezes estão fora dela, o que não quer dizer que estejam doentes.
Dessa forma, converse com o veterinário do seu animal sobre os exames necessários de acordo com a idade dele, e assim, antecipe possíveis enfermidades.

Faça check-ups anuais a partir dos 6-7 anos ou em intervalos mais curtos de acordo com a necessidade. A prevenção é uma atitude que apenas irá beneficiar os nossos animais domésticos, e dessa forma prolongar a vida deles com mais qualidade e conforto.
Saiba, a seguir, quais são as principais áreas de atuação da medicina veterinária preventiva:

Vacinação

Em animais, as vacinas são a primeira estratégia de medicina preventiva. A conduta reduz a incidência de diversas doenças infecciosas e ainda diminui os riscos da transmissão de zoonoses como raiva, leptospirose e giardíase.

É papel do veterinário informar os tutores sobre a importância da imunização periódica, frisando os benefícios individuais para o animal e para a espécie. Também é dever do profissional de veterinária esclarecer os riscos e as complicações geradas por cada patologia.

Controle de parasitas

A detecção e a prevenção de parasitoses são a segunda linha de cuidados preventivos. Estes parasitas não são unicamente vetores de doenças para os animais, mas também para as pessoas que convivem com eles, dado o estreito vínculo que se
estabelece entre animais e pessoas.

Sem exames frequentes, os pets podem desenvolver doenças como a leishmaniose, a pulicose e a babesiose. A melhor maneira de identificar rapidamente a presença de parasitas é através de análises de fezes, urina e sangue. Por isso, elas precisam ser realizadas, em média, a cada três meses. Dessa maneira, é possível iniciar o tratamento medicamentoso antes de haver comprometimento sistêmico.

Check-ups gerais

Para que serve a medicina veterinária preventiva?

As baterias de exames gerais são outra frente da medicina preventiva. Periodicamente, o médico veterinário precisa avaliar sinais vitais, peso, hemograma, funcionamento dos órgãos, alterações estruturais, funcionais ou comportamentais.

Manter uma frequência de observação permite que quadros patológicos sejam diagnosticados em fase inicial e tenham um prognóstico melhor. O ideal é que as clínicas ofereçam uma lista completa de exames clínicos e laboratoriais, e que o profissional monte, junto ao tutor, uma agenda com os resultados de cada exame e as datas de retorno.

Acompanhamento nutricional

A alimentação tem grande influência sobre a saúde dos pets. Quando é balanceada, diminui as chances do animal desenvolver alergias e doenças como a diabetes. O veterinário deve recomendar a ração de acordo com a raça, porte e idade do paciente, além de informar os tutores sobre quais alimentos podem ser incluídos na dieta e quais devem ser evitados, sempre de forma personalizada.

Além disso existem outros programas específicos como o de prevenção da obesidade, que é importante para a prevenção de doenças cardiovasculares ou os programas geriátricos, que tratam de manter a saúde dos animais nas últimas etapas da sua vida prevenindo doenças frequentes associadas a essa etapa. Cabe ao profissional de veterinária, ainda, orientar a rotina de exercícios do pet, indicando a frequência e a intensidade ideal.

Prevenção da Doença Periodontal

Tratamento Periodontal em Cães

A doença periodontal em cães e gatos é uma das doenças mais comuns nesses animais. Ela acomete a gengiva e os tecidos de sustentação dos dentes (periodonto), e atinge sobretudo animais mais velhos. Em média, cerca de 80% de cães e gatos possuem alguma doença periodontal.

A doença periodontal em cães e gatos acontece quando bactérias se alojam no periodonto do animal. Assim, um grande indicativo dela é a presença de mau hálito e tártaro (cálculo dental). Aliás, é muito importante destacar que, a presença de mau
hálito é um indicativo de que a saúde do animal não está boa.
Outros sinais de que a doença está presente são inflamações, sangramentos nas gengivas, presença de tártaro, mobilidade dos dentes e excesso de salivação.

Por isso, é importante que o animal tenha uma saúde bucal em dia. A doença periodontal em cães e gatos, num primeiro momento, não causa dores ou grandes desconfortos ao animal. E esse talvez seja o maior problema dessa doença, pois quando o tratamento é iniciado, há grande chance de ela já se apresentar em estágio mais avançado.

A verdade é que, apesar disso, esse cuidado costuma ser negligenciado e pode causar problemas maiores. Isso porque quando não tratada, a doença periodontal em cães e gatos pode levar à inflamação da gengiva, perda de dentes e até comprometer
outros órgãos, como coração, pulmão, fígado e rins.

Não é quantidade de tártaro que determina o grau da doença; animais não deixam de comer, quando sofrem com a doença periodontal, mas isso não indica que a doença não esteja presente. Apenas um veterinário especializado é capaz de fazer o diagnóstico de forma correta.

Infelizmente, não existem tratamentos medicamentosos (caseiros ou não) para o tratamento da doença periodontal em pequenos animais. Assim, para que a doença seja tratada, é preciso de cirurgia realizada por médico veterinário
especializado (periodontista).

Para esses casos, é importante que o veterinário tenha experiência prática, tanto em odontologia quanto em periodontia em pequenos animais. Isso se dá porque o animal receberá o tratamento cirúrgico sob efeito de anestesia geral. Para o tratamento é realizada a raspagem do dente, das raízes expostas, polimento dos dentes e, quando necessário, extrações dos dentes mais afetados.

Assim como em humanos, a melhor forma de prevenir o aparecimento da doença periodontal em cães e gatos é realizar a escovação dos dentes do animal. O ato de escovar os dentes evita o acúmulo de placa, impedindo que ela se desenvolva e
evolua até o estágio de doença. O ideal é escovar os dentes no mínimo 3x por semana com pasta dental específica, recomendado por Medico Veterinário Especializado.

Mas não se esqueça: todos os anos deve-se fazer uma higienização/destartarização nos dentes do seu animal de estimação, para que estes se mantenham saudáveis ao longo de mais um ano.

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