Carrapatos em cachorros

Tudo sobre carrapatos: conheça os tipos de carrapatos, quais doenças eles transmitem, e como proteger os seus cães.

Os carrapatos são indiscutivelmente um inimigo temido – nenhum de nós quer encontrar um carrapato em nossos animais de estimação ou em nós mesmos.

Esses parasitas podem transmitir doenças e até mesmo causar anemia ou paralisia.

Existem algumas noções básicas que todos devem saber sobre os riscos, prevenção e remoção de carrapatos.

 

1. DADOS TÉCNICOS SOBRE OS CARRAPATOS

2. CONHECENDO OS CARRAPATOS

3. DOENÇA DO CARRAPATO

4. SINTOMAS

5. PREVENÇAO

6. COMO CONTRAI

7. TRATAMENTO

8. ENCONTROU UM CARRAPATO NO SEU CÃO?

9. VÍDEOS: DOENÇA DO CARRAPATO PARTES 1 E 2

 

 

Alguns dados técnicos sobre os carrapatos:

  • as espécies mais comuns são: Rhipicephalus sanguineus, Ixodes ricinus, Ixodes hexagonus e Dermacentor reticulatus.
  • medem entre 0,35 e 1,5 centímetros
  • uma fêmea adulta coloca entre 2.000 e 4.000 ovos.
  • estes ovos podem sobreviver até três anos no meio ambiente.
  • quando jovens têm seis patas, mas na idade adulta crescem mais duas patas.
  • os carrapatos se escondem até em árvores à espera de um hospedeiro.

Quando um cão se aproxima de um carrapato, o danado saltará em cima dele, caminhando por sua pelagem até chegar a seu lugar favorito, que costuma ser:

  • a região das orelhas;
  • entre os dedos do pé;
  • próximo aos olhos, nuca e pescoço.

São nesses lugares que a pele do cão é mais fina e com maior fluxo sangüíneo. Se o cão não for tratado com um produto antiparasitário é normal encontrarmos carrapatos.

Não se preocupe, não tem nada a ver com a higiene do cão. Um simples passeio é suficiente para que seu cão tenha carrapatos. Não há cão no Brasil livre desses bichos.

De qualquer forma, é provável que não detecte o carrapato se não procurar. Seu sucesso evolutivo está justamente no fato de passarem despercebidos.

Quando picam seu cão, ele não sente, pois, antes de introduzir sua boca, parecida com um estilete, o carrapato deposita uma pequena quantidade de saliva com propriedades anestésicas. Ao picar não causará nenhuma dor. Mas ainda assim, a picada causará danos.


 

Sobre os carrapatos

Carrapatos são artrópodes parasitas que se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Eles são atraídos pelo calor e movimento, muitas vezes buscam mamíferos – incluindo cães.

Carrapatos tendem a se esconder na grama alta ou planta em áreas arborizadas a espera dos anfitriões em potencial.

Uma vez ele encontra uma vítima, o carrapato sobe no animal e começa a sugar seu sangue até que fique satisfeito.

Pode continuar a alimentar durante várias horas ou dias, dependendo do tipo de carrapato.

Em cães, os carrapatos, muitas vezes se unem em fendas e / ou áreas com pouco ou nenhum pêlo – normalmente em torno das orelhas, nos interiores das pernas, entre os dedos, e dentro de dobras cutâneas.

A maioria das espécies de carrapatos passa por quatro fases da vida – ovos, larvas, ninfas e adultos.

Embora sejam conhecidos como vetores da doença, nem todos os carrapatos a transmitem – na verdade, muitos nem sequer são portadores de doenças.

No entanto, a ameaça está sempre presente onde os carrapatos estão. Por isso, os donos de pets devem ficar atentos a estes parasitas.

Quanto mais cedo um carrapato é encontrado e removido, menor o risco de transmição da doença do carrapato.

Alguns sintomas de doença são: febre e letargia, fraqueza, inchaço das articulações e/ou anemia. Os sinais podem levar dias, semanas ou meses para aparecer.

Alguns carrapatos podem causar uma condição temporária chamada “paralisia do carrapato”, que se manifesta por um início gradual de dificuldade para caminhar, que evolui para paralisia.


 

Doença do carrapato

O que é?

É o nome popular da doença para que as pessoas entendam melhor quem é o causados dessa enfermidade: os carrapatos.

A doença do carrapato é silenciosa e pode ser fatal. Ela é causada por 3 tipos distintos de carrapato que transmitem 3 tipos de doenças: a erliquiose, a babesiose e anaplasmose.

Cada uma dessas doenças são detectadas de formas diferentes e também possuem tratamentos distintos.

Existem exames específicos para cada doença do carrapato, que são os PCRs ou sorologias, que devem ser realizados para tratarmos o cachorro da maneira correta.

A doença do carrapato se apresenta de 2 formas nos cães:

Forma aguda: normalmente a doença do carrapato passa desapercebida; o cachorro fica um pouco mais prostrado, tem um pouco de febre, fica um dia sem comer, porém no dia seguinte já está ativo, se alimentando e brincando.

Forma crônica: o cachorro foi picado em algum momento de sua vida, e quando estiver na fase adulta ou idosa, começa a desenvolver realmente a doença do carrapato.

E de repente um cão que estava ativo, correndo e brincando, passa para uma situação oposta no dia seguinte: totalmente prostrado, não consegue se levantar e não se alimenta. Nesse momento, é imprescindível levá-lo o mais rápido possível ao veterinário, para iniciar o tratamento.

 

Quais os sintomas da doença do carrapato?

 

Febre (39,5 – 41,5 oC), perda de apetite e de peso, fraqueza muscular. Menos freqüentemente observam-se secreção nasal, perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros.

Pode ser assintomática, podendo ocorrer algumas complicações tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas.

Em casos graves, há o comprometimento do sistema imunológico, apresentando sintomas secundários como: pneumonias, diarréias, problemas de pele dentre outras. +

O animal também pode apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia.


 

Como previnir a doença do carrapato?

 
Não existe vacina para a doença do carrapato. A prevenção portanto fica na utilização de anti-pulgas e carrapatos em seu cão.

Hoje em dia existem no mercado diversos tipos de anti-pulgas e carrapatos, tanto orais quanto tópicos, coleiras, e estes devem ser aplicados mensalmente.

Ainda que você more em cidade, e afirme nunca ter encontrado carrapato em seu cachorro, e por isso acredita que não exista carrapatos nesse tipo de ambiente, isso não é verdade.

Existem sim carrapatos e os cães podem pegar após um rápido passeio nas ruas. Sabe por que?

De 100% das pulgas e carrapatos que existem no mundo, apenas 5% estão na população canina e felina para se alimentar. O restante encontra-se no ambiente. Por isso devemos proteger os nossos animais.

 

Como a doença do carrapato é contraída?

 

O carrapato ao picar o cachorro, se alimenta de seu sangue. Após isso ele regurgita parte do sangue direto na corrente sanguínea do animal.

Assim, esse parasita chamado riquétsia, fica alojado no organismo do animal, até um dia desenvolver a doença.

No quadro de doença do carrapato crônica, o cão apresenta muita febre, apresenta uma diminuição considerável de plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue), e ocorre uma trombocitopenia e uma anemia severa. Além disso pode ter insuficiência renal aguda, insuficiência hepática, que podem levar o animal a óbito.

Se seu pet ja foi picado alguma vez por carrapato quando era filhote ou mais jovem, ele pode desenvolver a doença apenas na fase adulta.

Basta ser picado uma vez na vida, para desenvolver a doença. Independente se isso ocorreu quando era filhote, antes de chegar em sua casa, quando estava no canil, ou há muito tempo.

Quando chegar na fase adulta ou idosa, quando a imunidade esta mais baixa, ele poderá desenvolver a doença.

 

Qual o tratamento ideal para a doença do carrapato?

 
Assim que a doença do carrapato for detectada, sendo ela anaplasmose, babesiose ou erliquiose, qual o tratamento?

Antibióticoterapia e anti-inflamatórios para abaixar a imunidade dos parasitas, e eles pararem de se desenvolver.

Se o cão ja estiver com um quadro de anemia, será necessário administrar remédios para tratar essa anemia, como o uso de remédios para aumentar as plaquetas ou antibióticos específicos no caso da babésia.

Remédios fluidoterapia para doenças renais e protetores hepáticos também serão necessários em alguns casos.

O prognóstico é de bom a ruim. Tudo depende do momento em que a doença foi diagnosticada e da imunidade de cada animal.

Por isso prestem muita atenção à saúde de seus pets e proteja com anti-pulgas e carrapatos regulamente, pois essa é uma doença muito séria, que pode levar a óbito.

 

Encontrei um carrapato no meu pet. Como faço para removê-lo?

 

Em primeiro lugar, arrancar o carrapato é contra indicado. O máximo que fazemos é eliminar parte do corpo, sendo que o resto fica ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções.

O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente.

Depois podemos nos desfazer do carrapato colocando-o no álcool para que não escapem os ovos e morram. É importante lavar as mãos depois de manipulá-los.

Passe as mãos por todo o corpo de seu pet, dando atenção especial para o pescoço, orelhas, pregas cutâneas e outras fendas.

Dependendo da espécie e fase da vida, uma marca pode ser tão pequena como uma ponta de lápis ou tão grande quanto um grão de feijão.

Se você mora em uma área onde os carrapatos são prevalentes, ou o seu cão passa muito tempo na grama alta ou em áreas arborizadas, você deve verificar se há carrapatos uma vez ou duas vezes por dia. Se você encontrar um carrapato preso, remova-o imediatamente.

Use uma pinça ou uma ferramenta de remoção para agarrar o carrapato no ponto de fixação. Isto deve ser feito o mais próximo da pele possível.

Após a remoção de carrapatos, limpe a pele do seu cão na área da picada com água e sabão neutro.


 

Doença do Carrapato partes 1 e 2, com a dra. Adriane Tomimassu:

Entenda o que é, quais os sintomas e como previnir essa doença tão temida pelos tutores de cachorros:

. Parte 1

. Parte 2

 

Dra. Adriane Tomimassu

Fonte: Revista Conexão Pet

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